sábado, 12 de setembro de 2009

Um novo Brasil com o Plano Real

Uma recente pesquisa do Ibope sobre o grau de confiança da população nas instituições mostra os Correios na liderança, com 85%. Em segundo lugar, aparece o real, com 76% e um crescimento de seis pontos percentuais em relação ao ano passado.
Nunca é demais ressaltar o quanto foi importante o Plano Real, que neste mês completa 15 anos, mas sequer lembrado pelo atual governo, que dele tanto se beneficiou.
A moeda estável incorporou-se de tal forma ao nosso cotidiano que as referências à hiperinflação parecem pré-históricas. Basta lembrar a absurda taxa de 82 por cento ao mês em março de 1990, no melancólico fim do governo de José Sarney (este, sim, merecedor de tanta atenção por parte do presidente Lula).
Foi com muito engenho, arte e habilidade política que Fernando Henrique Cardoso, primeiro como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco e a seguir como presidente da República, comandou a mudança que deu certo, depois que tantos planos em governos anteriores terminaram fracassados.
Abateu-se enfim o monstro inflacionário, e implantaram-se medidas fundamentais para a estabilidade econômica: o controle dos gastos públicos; a abertura para a iniciativa privada de áreas vitais mas ineficientes, como as telefônicas; e o saneamento do sistema financeiro por meio do Proer (que deixou nossos bancos em melhores condições até que os americanos, como se viu nesta crise mundial).
Do lado social, foi no governo Fernando Henrique que nasceram e evoluíram, com foco na educação, os principais programas mantidos até hoje, rebatizados.
Apesar de preservar várias realizações que herdou, o presidente Lula ficou devendo à Nação alguns passos decisivos, que estava na hora de dar, para a consolidação do novo Brasil que vinha sendo construído a partir do Plano Real.
E agora, antecipando de forma escancarada a campanha eleitoral do ano que vem, revela preocupante descuido com o equilíbrio fiscal. Como alerta Fernando Henrique, está ocorrendo uma excessiva distribuição de subsídios e aumento da folha de pagamento. Uma conta pesada para o futuro governo.
No devido tempo, a realidade vai se impor sobre as aparências.
E o País voltará a ser conduzido com a competência e a responsabilidade indispensáveis nessa era de profundas e velozes transformações em todo o mundo.
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Deputado Estadual Vaz de Lima, do PSDB, é Líder do Governo na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

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