segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Manifestações contra Sarney em pleno 7 de Setembro

Em Brasília, São Paulo e no Recife, as comemorações do 7 de Setembro foram marcadas por protestos contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Na Esplanada dos Ministérios, cerca de 150 manifestantes, de acordo com a Polícia Militar, romperam uma das grades de segurança, invadiram o gramado e conseguiram chegar a menos de cem metros do palanque onde estava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Eles cobravam a saída de Sarney da presidência do Senado. "Sou brasileiro, sou patriota, mas eu não sou idiota", gritavam os manifestantes, em sua maioria estudantes de escolas secundárias e da Universidade de Brasília (UnB).
Com as caras pintadas e narizes de palhaço, muitos carregavam cartazes e faixas com frases de efeito. Sarney não compareceu ao desfile para, segundo sua assessoria, descansar em São Luís (MA).

Em São Paulo, cerca de 300 pessoas ligadas ao movimento Fora Sarney reuniram-se na Avenida Paulista, perto da Alameda Casa Branca, por volta das 15 horas, também para protestar contra o senador.
No Recife, a 15ª edição do Grito dos Excluídos serviu de palco para manifestações. No entanto, os pedidos de "fora Sarney" e pelo fim do Senado foram feitos apenas por integrantes da central sindical Conlutas e dos partidos políticos PSTU e PSOL. Quando o grupo chegou, com faixas vermelhas e folhetos, o Grito dos Excluídos já havia iniciado a caminhada de cerca de dois quilômetros da Praça Osvaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, à Igreja do Carmo, na área central da cidade.
Os manifestantes contrários a Sarney se posicionaram no final da passeata, que começou com mil pessoas e encerrou o trajeto com duas mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar.

Confira as denúncias contra Sarney e o porque de tanta revolta do povo brasileiro:

INFORMAÇÕES PRIVILEGIADAS DA POLÍCIA FEDERAL
Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Cristovam Buarque (PDT-DF) fazem denúncia contra Sarney no Conselho de Ética acusando o agente da Polícia Federal Aluizio Guimarães Filho – cedido pelo Palácio do Planalto ao senador na cota de funcionários de ex-presidentes – de passar informações privilegiadas ao empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado. A denúncia foi feita pelo jornal Correio Braziliense.

SARNEY TERIA VENDIDO TERRAS SEM PAGAR IMPOSTO
Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Cristovam Buarque (PDT-DF) protocolam denúncia no Conselho de Ética com base em matéria publicada pela Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, Sarney vendeu terras sem pagar imposto. A negociação teria ocorrido com a Fazenda São José do Pericumã, que fica na divisa entre Goiás e o Distrito Federal.

PSOL DENUNCIA QUEBRA DE DECORO
O Psol entrega ao Conselho de Ética uma representação em que acusa Sarney de quebrar o decoro parlamentar por vários motivos. Segundo o partido, o presidente do Senado omitiu um imóvel em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral, usou recursos públicos de forma irregular por meio da Fundação José Sarney e mentiu ao prestar informações sobre a relação de com a entidade.

PSDB ENTRA COM TRÊS AÇÕES CONTRA SARNEY
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), protocola no Conselho de Ética três denúncias contra Sarney, baseadas nas quatro ações que Arthur Virgílio (PSDB-AM) havia proposto sozinho. As três ações do PSDB dizem respeito às acusações nos casos da Petrobras, dos atos secretos e do crédito consignado aos funcionários do Senado (leia os detalhes abaixo).

O NAMORADO DA NETA
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) denuncia Sarney por sua suposta participação em uma negociação para dar um emprego no Senado ao namorado de sua neta, Maria Beatriz. A base da denúncia é uma reportagem publicada pelo Estadão em 22 de julho, com áudios da operação Boi Barrica, da Polícia Federal. Nas gravações, Fernando Sarney, filho do senador, diz à filha que precisa falar com Agaciel Maia, ex-diretor-geral do Senado, e com José Sarney, para tentar encaixar o rapaz no emprego.

ACUSAÇÃO DE MENTIR NO PLENÁRIO
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) protocola ação contra José Sarney alegando que ele mentiu ao Plenário no dia 9 de julho, quando declarou não ter “responsabilidades administrativas” sobre a Fundação Sarney, que teria desviado dinheiro da Petrobras (confira abaixo). No dia 10 de julho, uma reportagem do Estadão derrubou a versão do senador, mostrando que Sarney é “presidente vitalício" e fundador da entidade, e tem como uma de suas prerrogativas “assumir responsabilidades financeiras”.

SUPOSTO DESVIO DE DINHEIRO DA PETROBRAS
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) entrega pedido ao Conselho de Ética para que investigue o suposto desvio de R$ 500 mil realizado pela Fundação Sarney. Segundo reportagem do Estadão, a entidade recebeu R$ 1,3 milhão da Petrobras para digitalizar todo seu arquivo, mas o trabalho nunca foi feito.

ATOS SECRETOS
O Psol protocola representação em que pede a investigação sobre a suposta quebra de decoro parlamentar cometida por José Sarney. Segundo a denúncia, durante seus mandatos à frente do Senado, os atos os atos secretos tiveram “suspeição relevante”.

O NETO E O CRÉDITO CONSIGNADO
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) entrega ao Conselho de Ética do Senado um documento com 18 acusações divulgadas na imprensa contra Sarney. Entre elas há denúncias de que vários atos secretos beneficiaram parentes do senador e de alguns de seus aliados. A denúncia mais grave, publicada em reportagem do Estadão, se refere ao fato de o neto de Sarney, José Adriano Cordeiro Sarney, ter uma empresa que negociava crédito consignado para funcionários do Senado.
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E ainda acham que é pouco, como podemos permitir que esse barão da irregularidade continue dentro da nobre casa do Senado Federal.
É, devemos pensar mais antes de escolhermos nossos governantes.

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