quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Candidatura de Aloysio Nunes em SP tem apoio de PMDB de Quércia e DEM de Kassab

Avançado nas articulações políticas, o secretário da Casa Civil de São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), intensificou outro pilar de sua estratégia para se tornar candidato tucano ao governo paulista no ano que vem, caso o governador José Serra concorra à Presidência. Ele cumpre uma agenda de viagens e inaugurações no interior do Estado, somada a reuniões constantes com prefeitos e políticos.
Outro pré-candidato tucano ao governo estadual, o ex-governador e hoje secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, obtém de 47% a 50% das intenções de voto, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. No cenário sem Alckmin e com Marta Suplicy como candidata petista, Aloysio tem 2%.
Sua última eleição foi para deputado federal em 2002, quando obteve 251 mil votos.
Deputados, prefeitos e aliados de Aloysio dizem que seu maior trunfo agora é o apoio de diferentes partidos, especialmente do DEM do prefeito Gilberto Kassab (se ele mesmo não tentar ser candidato) e do PMDB de Orestes Quércia.
Isso não significa, porém, que os dois partidos se recusem a apoiar uma eventual candidatura Alckmin. Um argumento comum é de que a decisão passará pelas mãos de Serra.
Questionado pela Folha sobre um possível apoio a Aloysio, o ex-governador Quércia se limitou a dizer: "Pela experiência que tem e por sua história, se fosse eleito governador, ele faria um grande trabalho".
Ao ser indagado sobre a vantagem de Alckmin nas pesquisas, Kassab declarou: "Pesquisa não mostra que o candidato pode ganhar, e as últimas eleições demonstraram isso".
Outros partidos da base tucana em São Paulo, PPS e PV também teriam preferência pela candidatura do secretário.

Continuidade
Aliados argumentam que Aloysio será o candidato que dará continuidade ao 'projeto de José Serra'. O vice-governador Alberto Goldman comandou uma reunião com a presença de Aloysio. O secretário também foi o anfitrião de um jantar recente com a bancada de deputados estaduais do PSDB, na mesma noite do lançamento de um livro do vereador Gabriel Chalita, aliado de Alckmin.
Este ano, Aloysio comanda orçamento de cerca de R$ 530 milhões para negociação direta com os municípios, entre convênios e emendas parlamentares. Até o momento, foram gastos R$ 24,5 milhões. De 2007 a 2008, foram 3.228 convênios, num total de R$ 862,8 milhões.
Aloysio tem marcado presença em encontro com prefeitos de vários partidos e entregas de obras das secretarias de Transporte, Habitação e da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).
A proximidade com prefeitos tucanos (algo natural à Casa Civil) pode ser importante em uma disputa interna, já que eles são delegados ou têm controle sobre delegados que podem vir a decidir o candidato.

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